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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Harper’s Island


Aproveitando os dias de férias consegui assistir à série Harper’s Island. Com apenas 13 episódios, a trama gira em torno da ilha que dá ao nome ao programa. Lá, há sete anos, 6 pessoas foram mortas por um psicopata.

Agora, dezenas de pessoas estão de volta ao local para celebrar o casamento de Henry Dunn e Trish Wellington. A filha de uma das pessoas mortas há sete anos, Abby Mills, também volta ao local para celebrar o casamento do amigo e superar seus traumas.

No entanto, novas mortes voltam a assombrar o local e todos passam a ser suspeitos, já que o assassino do passado, John Wakefield foi morto pelo pai de Abby, o xerife da ilha.

O enredo apresenta muitas falhas, os atores por vezes escorregam feio nas interpretações, mas a série é interessante. Ideal para assistir como puro entretenimento, sem grandes pretensões.

A história é interessante, mas a produção do seriado exagerou, por exemplo, no tamanho da ilha. A impressão que se passa para que assiste o seriado é que a ilha é gigantesca. Mesmo assim, os personagens e até mesmo o assassino conseguem percorrer grandes distâncias em pouco tempo. São quase onipresentes.

O elenco inchado dificultou a criação de personagens interessantes. As histórias são interessantes, mas não são explorados em nenhum momento da trama. O começo é bem parado, mas por volta do 6º episódio a série pega fogo. Vale à pena assistir como pura diversão.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Bebendo na fonte de Lost


Que Lost foi um grande fenômeno das séries de TV todos já sabem. Pude acompanhar, no entanto, nos primeiros dias de férias, uma produção norte-americana que mostra claramente o legado deixado pelos perdidos para a indústria de séries dos Estados Unidos.

Refiro-me à The Walking Dead. A série, cuja única temporada teve apenas 6 episódios, bate recordes de audiência para sua estréia nos Estados Unidos e vem fazendo um sucesso mundial.

A trama apresenta um mundo apocalíptico onde zumbis dominam a Terra e os (poucos) sobreviventes tentam encontrar maneiras de superar os mortos-vivos e as próprias dificuldades originadas a partir de um convívio caótico.

Realmente tudo a ver com Lost né?! De início, realmente, nada a ver. Quando comecei a assistir o fiz pois sou fã de filmes de zumbi e ponto. Imaginei que a série não teria história suficiente para durar temporadas e mais temporadas.

Pois bem, me enganei, e agradeço por isso! A série é muito boa. Uma fotografia simplesmente sensacional e, principalmente, por mais que seja clichê afirmar: a série trata de pessoas e não de zumbis.

O caótico mundo é mostrado nas atitudes de pessoas que precisam sobreviver em um mundo sem governo, sem regras, sem religião e até mesmo com sua ética colocada em xeque.

Assistindo à série pude perceber as semelhanças com o estilo de narrativa de Lost. A série já começa com uma espécie de flashforward do personagem Rick Grames e flashbacks são usados posteriormente para explicar algumas situações.

Além disso, podemos observar outras semelhanças técnicas. O elenco traz muitos personagens apostando, é claro, na diversidade para atingir a maior audiência possível. É por isso que, tanto em Lost quando em The Walking Dead, há crianças, idosos, negros, asiáticos, hispânicos. O preconceito também é mostrado nas duas séries. Sem em Lost havia preconceito contra o árabe e o negro, em TWD aconteceu o mesmo com o personagem de Irone Singleton, T-Dog.

A floresta, tão explorada em Lost, traz momentos de alegria, tensão, suspense e sensualidade também na outra série. Como? Antes de chegar à Atlanta, os sobreviventes podem refugiar-se em uma antiga pedreira, cercada de mata por todos os cantos.

É fácil fazer comparações com os personagens. Guardadas as proporções, mas é possível associar Jack a Rick, Kate à Lori, como a mocinha com grandes defeitos, e Sawyer à Daryl, o caipira grosseiro.

É possível ainda fazer outras grandes análises sobre as duas séries, mas o mais importante é perceber que nenhuma das duas séries projetou o sucesso que teriam. Nem mesmo os produtores esperavam. No começo era apenas uma série sobre uma ilha e um mundo apocalíptico. Depois pudemos observar que as pessoas eram a peça chave de cada série.

Analisar The Walking Dead é mais complicado, afinal até agora só tivemos 6 episódios. A série, no entanto, mostra que tem potencial. Que siga, por que não, o caminho feito por Lost, que em seu último episódio apenas certificou a todos que a série era realmente sobre pessoas. Se ficar ligada à ciência, The Walking Dead pode perder parte do público que quer apenas observar o comportamento de todas aquelas pessoas em um mundo dominado por zumbis.